segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

Analizador de Distorção Harmônica (THD)



O QUE É THD E POR QUE ELA É IMPORTANTE?

Em um amplificador ideal, o sinal de saída deve ser uma cópia ampliada do sinal de entrada. No entanto, na prática, circuitos eletrônicos alteram a forma de onda do sinal, ou seja, eles distorcem a informação recebida. Existem diferentes formas de distorção, porém a principal delas é a distorção provocada pela não linearidade dos amplificadores, ou seja, uma relação de ganho entre entrada e saída que não é constante em todas as condições.

A falta de linearidade do amplificador introduz no espectro do sinal componentes harmônicas, ou seja, sinais cuja frequência são múltiplos inteiros do sinal de teste. Chamamos isso de distorção harmônica. A THD, ou Taxa de Distorção Harmônica Total, buscar medir essa distorção avaliando a energia dos harmônicos contra a energia do sinal fundamental (de teste). Quanto menor esse parâmetro, melhor a qualidade do amplificador.

Neste projeto foi usado um oscilador ponte de wien, devido a baixa taxa de distorção, um filtro Notch e um multímetro AC.  O oscilador é constituido pelo CI - IC-1, funcionando em 1Khz com uma pequena variação dada pelos potenciômetro P1. (faixa de 610 a 1280 Hz). A saída é ajustada em 500mv rms por P4.

O filtro Notch é construído usando o CI TL072 (IC-4)  e dá uma rejeição de 60dB em 950Hz. O medidor AC foi desenvolvido usando um TL081 (poderia ser um TL071) com controle de offset.

Neste projeto experimental foi medido inicialmente o sinal com uma montagem de um medidor de AC até 100Khz em um miliamperímetro. Mas o erro foi grande devido ao fato que a onda não é  senoidal perfeita e portanto, a leitura rms apresentava erros. Para corrigir isso, foi necessário que a medida fosse  feita por um multimetro True RMS.

Medição de THD+N em amplificadores











Como é feita a medida

O aparelho tem um conector (J1) para saída do sinal do oscilador de 1Khz, que será conectado na entrada do amplificador em teste. A saída do amplificador é ligada nos bornes (J2) do sinal de entrada e tem um resistor  de 8 ohm x 25W fazendo a carga para o amplificador. 

Passe a chave SW1 para a função "Setar" e aumente o volume do amplificador para 3/4 do máximo,  ajuste o potenciômetro P6 (no painel) para uma leitura de 1.000mVrms no multimetro True rms conectado nos bornes DVM.

Passe a Chave SW1 para "Medir" e então o sinal do amplificador agora vai passar pelo filtro Notch que eliminará o sinal de 1Khz, deixando só os sinais dos harmônicos gerados. Ajuste o potenciômetro P1 (no Painel) para uma menor medida possível eliminando ao máximo o sinal de teste de 1Khz. Este sinal restante é a soma dos níveis dos harmônicos gerados no amplificador e será medido no multimetro True rms.

Com uma matemática simples, divida o valor dado  na posição "Medir" pelo valor dado na posição "Setar" e depois multiplique o valor dado por 100 para achar o resultado em porcentagem.

Exemplo: Posição SET -----> valor = 1.000mVrms
                 Posição Medir ---> valor = 12 mVrms
                 THD = (12mV/1000mV)*100 = 1,2%

No meu protótipo eu deixei o medidor AC porque a placa já estava pronta, mas não será necessário se for usado um multimetro True rms (maior precisão).

Detalhes
Os diodos dz1 e dz2 no oscilador é para estabilizar o nível de saída do oscilador. Com um osciloscópio, ajustar P3 para melhorar a forma da onda. O ajuste deve ser bem próximo de quando a oscilação se extingue.

No conector J2, onde entra o sinal vindo do amplificador, tem um atenuador ATT que diminui a tensão em 10x, caso se utilize um amplificador de maior potencia. Neste caso, coloque uma carga de maior potencia (R12).

Nos pinos de alimentação +/- dos CIs, coloque capacitores cerâmicos de 100nF para eliminar oscilações e ruídos.


                                                             Placa: 120 x 100 mm

 Arquivos do projeto


domingo, 31 de agosto de 2025

Carregador Bateria Chumbo-Ácido 12V - 7 A/H

 



Quando uma bateria é carregada somente até atingir a tensão de 14,4V, ela recebe uma carga de somente 70% do total. Os 30% restantes são completados por uma carga lenta de pico. Existem 3 estágios para uma carga boa que são: Fase 1 = Corrente constante, Fase 2 = Carga de pico e Fase 3 = Carga em flutuação. Este carregador que estou postando aqui executa estes 3 estágios. Ele é alimentado por uma fonte de 19 volts de um carregador de Notebook


Curva de Carga de Bateria de chumbo-ácido


Esquema do Carregador

                            

Este circuito usa um LM350 para controlar a tensão e corrente, e um LM358 para fazer o controle de carga. O regulador trabalha com a configuração usual de fonte de tensão ajustável e o Ampop como comparador de tensão. O transistor Q1 faz parte do circuito que vai controlar a corrente e a tensão de carga na saída para a bateria. A tensão máxima na saída do regulador será de 14,4V mais a queda em D1. Como D2 esta curto circuitado pelo contato do relé, ele não interfere na fase 1.

Fase 1: Quando a bateria está bem descarregada, ela drena uma quantidade maior de corrente do regulador e esta corrente precisa ser controlada no valor máximo de 0,1C, ou seja, um décimo da capacidade da bateria. Por exemplo, uma bateria de 7 A/H teria uma corrente de carga de 700mA. Quando em carga, a corrente que atravessa a bateria e o resistor R4 desenvolve uma queda de tensão neste resistor e quando esta tensão atinge 0,65V, o transistor Q1 começa a conduzir forçando a queda de tensão na saída do regulador. Esta queda é proporcional a corrente de carga da bateria, ou seja, ela mantém a corrente constante na bateria. O trimpot P1 ajusta a tensão na saída do regulador (Vcarga) e R4 regula a corrente máxima de carga da bateria (Icarga). Este resistor é calculado pela fórmula R=0,65/Icarga. Exemplo: Resistor de 1 ohms para Icarga de 0,7A ou 0,68 para de 1A. O diodo D1 é usado para evitar que a tensão da bateria force uma corrente em cima do LM350 quando a tensão de entrada no circuito seja desligada. Este circuito pode ser usado para carregar uma bateria com capacidade de 10 A/H, basta usar o regulador  LM350 e o resistor de 0,68 ohm em R4  que agora vai regular a corrente em 1A.

Fase 2: A medida que a bateria vai sendo carregada, a tensão na mesma vai subindo e a corrente drenada vai diminuindo até que a tensão atinja os 14,4 volts. Daí em diante a tensão de carga permanece fixa porque o transistor Q1 não atua mais. Esta corrente Icarga vai diminuindo e sendo comparada com a tensão de referência fornecida por R8, P2 e D3 no pino 6. Enquanto ela for maior que a referência, o pino 7 vai permanecer em nível alto, ligando o Led 2 "Carga" e mantém o relé desligado. O diodo zener D4 se faz necessário devido a que o LM358, quando em nível alto, sua saída fica 1,5 V menor que a tensão de alimentação e esta diferença acionaria o transistor Q2.

Esta fase 2 dura muito tempo, conforme o gráfico acima. A corrente mínima que provoca o corte da carga (Icorte) é 3% da capacidade da bateria e no caso de uma bateria de 7 A/H seria de 210 mA. Atingindo um valor menor que Vcorte, o comparador leva a saída para zero volts e liga o relé. O contato NF abre e insere o diodo D2 no circuito, provocando uma queda na tensão de saída de 0,7 volts na tensão de carga. 

Fase 3: Com a diminuição da tensão de carga para 13,7 volts, coloca a bateria na condição de flutuação fornecendo uma tensão constante e uma carga de reposição. O contato do relé NA agora liga o Led 1 indicando início da flutuação.

quarta-feira, 16 de julho de 2025

Detector de Metais PI-Russo Modificado - Análise de funcionameto

 



GERADOR DE PULSOS


Este artigo descreve o funcionameto do Detector de Metais PI-Russo, um dos mais usados pela facilidade de construção e de grande imunidade a interferências.  A desvantagem deste tipo de detector é o fato dele não discriminar o tipo de metal detectado. O gerador de pulso é típico em todos circuitos deste detector, ou seja, tem a função de gerar um pulso de alta potência na bobina rastreadora.

Uma bobina rastreadora deve ter uma indutância em torno de 350 a 450 uH e +/- 2 ohm de resistência dos fios. Uma bobina de 250 mm de diâmetro deve ter 22 espiras de fio 0,40 mm de diâmetro, uma resistência de 2,3 ohms e 380 uH de indutância. No final deste artigo vou deixar uma tabela de bobinas para vários diâmetros e formatos.

Gerador de pulsos

O gerador de pulsos utiliza um 555 como oscilador astável, gerando uma frequência entre 90 e 120 Hz e um pulso negativo com largura de 4% do período total. Para que este pulso possa chavear o mosfet que necessita de um pulso positivo, é usado o transistor T1 que faz a inversão. Os resistores R4 e R5 dividem este pulso, fornecendo uma tensão segura no gate do mosfet.

O pulso faz o mosfet saturar e carrega a bobina com uma corrente alta, limitada pela resistência da bobina. Esta corrente será alta, sendo dada pela tensão de alimentação dividida pela resistência da bobina, da resistência dos fios e a resistência de saturação do mosfet. Quando o mosfet abre o circuito, gera um pico de tensão enorme (Fcem), com mais de 900V. O resistor R6 colocado em paralelo com a bobina, reduz esta tensão para uns 300V. O mosfet escolhido deve ter uma tensão VDS bem maior para não queimar e também suportar uma corrente de pico de pelo menos uns 3,5 A.

Este pulso gera uma campo magnético que entra na terra e quando encontra uma metal, sofre uma deformação e retorna para a bobina. Como a tensão da bobina é muita alta para trabalhar com circuitos integrados, ela é reduzida pelo resistor R7 e os dois diodos em anti-paralelo D1 e D2. Este sinal grampeado é enviado para o ccto de tratamento do sinal pelo capacitor C5.


TRATAMENTO DO SINAL DE RETORNO

Tratamento do sinal de retorno capturado

Este sinal é amplificado pelo IC-2, passa pelos potenciômetros de ajustes e entram em IC-2 que funciona como um comparador. O capacitor C7 tem uma função importante no circuito, ele descarrega mais quando na proximidade com um metal e com isso, diminui a distância entre as tensão de comparação, causando o alargamento do pulso de saída. Ou seja, quanto mais próximo de um metal, mais largo será o pulso na saída e portanto, será ouvido mais clicks que são enviados ao alto falante. Na versão original deste detector você ouvira mais ou menos clicks no alto falante.




Modificação na saída para o alto falante

Nesta versão coloquei outro 555 (IC-3) funcionando como oscilador de áudio, cuja frequência pode variar de alguns hertz até uns 2.5 khz. A frequência é determinada pelos resistores R18, R19 e o transistor do opto-acoplador. Quando a bobina rastreadora está longe de algum metal, não vai aparecer pulsos na saída do comparador e o opto não será polarizado, portanto o oscilador não funciona. A medida que a bobina rastreadora se aproxima de um metal, os pulsos na saída do comparador vão alargando e o diodo do opto vai receber mais corrente, aumentando o acoplamento e diminuindo a resistência do seu transistor de saída. Isso aumenta a frequência do oscilador.

A fórmula da frequência do oscilador astável é F= [1,45 / (12k + Ropto + 2 x 27k) x 10nF].  Como se pode ver, o resistor do opto tem grande influencia na frequência. Quando o transistor do opto saturar, será atingido o maior valor de oscilação, por volta de 2.5 khz. Resumindo, quanto mais próximo de um metal a bobina rastreadora estiver, maior será a frequência de áudio no alto falante.




Sensor de bateria descarregada

O equipamento é alimentado por um conjunto de 3 baterias de Lítio 18650 que fornecem 11 volts. A tensão de 8,25V  indica que as baterias estão descarregadas. Foi utilizado um pequeno circuito com o TL431, usado no modo comparador para monitorar o estado das baterias. Os resistores R8 e R9 dividem esta tensão e quando ela for menor que 2,5V (Vref), apaga o Led

Alguns dados sobre detectores por pulso

Em geral pode-se dizer que a profundidade teórica máxima da detecção de uma bobina é de cinco vezes o seu diâmetro e o tamanho mínimo de um objeto detectado com uma bobina é cinco por cento do seu diâmetro. Então uma bobina com o diâmetro de 23cm alcançaria 1,15 metros e detectaria um objeto com um tamanho maior que 1,15cm, teoricamente.


Amostra do som ao aproximar de um metal



Um pouco de matemática


Exemplo:

Tensão de alimentação: 11V
Resistência da  bobina: 3,75 ohms (resistencia do fio, Ron do mosfet, fiação e etc)
Resistência de amortecimento:  R6 = 220 ohm

Ipico = 11/ 3,75 = 2,9A

Vcem = 2,9 x 220 ohm = 638 Volts (tensão gerada quando o mosfet abre)


Tabela para construção de bobinas




Cg.

terça-feira, 8 de julho de 2025

Wattímetro de RF Analógico - 4,5 a 150Mhz

 




Resolvi montar este wattímetro analógico depois que ganhei este medidor da Honeywell de 100uA, com amortecimento de fundo de escala, que é um espetáculo, rs.
Ele mede potencia direta nas faixas de 10 e 50 W, e potência refletida (ROE).

A montagem é muito simples, e o mais trabalhoso é fazer a placa do detector. Mas quem já é craque em fazer PCB vai tirar de letra. Os diodos detectores 1N60, capacitores de filtros vão ficar nesta placa e os potenciômetros de ajustes, devem ficar numa placa separada.


Para o ajuste da potência será necessário um wattímetro confiável para usar como referência e uma carga de 50 ohms. Faça a montagem conforme a imagem acima. Entre com qualquer potência entre 1 a 10W e meça no wattímetro referência e depois meça neste aparelho na escala de 10W, ajustando o potenciômetro P1 para mostrar a mesma medida da referência. Depois repita esta operação entrando com qualquer entre 10 e 50W na escala de 50W e ajuste no potenciômetro P2. 




Para o ajuste da potência refletida é preciso ajustar P3 e P4 para mostrar a mesma leitura DC
.
Ajustar a potência direta: Use a montagem da figura 1 e entre com uma potência de 5W. Meça a tensão DC no terminal do meio do potenciômetro P3. Ajuste para 3/4 do valor máximo e anote o valor lido. Agora faça a montagem conforme a figura 2 usando a mesma potência de 5W.  Meça a tensão DC no terminal do meio do potenciômetro P4 e ajuste para a mesma leitura lida no terminal do meio de P3. 
Feito isso está calibrado o aparelho.

Fazendo uma leitura de Potencia Refletida: (Faça a montagem da fig. 1).

Passe a chave de modo para CAL. Ajuste no potenciômetro P5 para o ponteiro deslocar até o fim da escala. Agora coloque a chave em SWR e será medida a potencia refletida. O Potenciômetro P5 fica no painel do instrumento. Outra coisa, a variação do ponteiro em SWR não vai indicar uma potencia em watts, mas uma relação de medida entre a potencia direta e a refletida. Será necessário, então, uma escala de ROE, que vai indicar a relação entre a impedância da saída do Transmissor e a impedância da antena. Se forem bem próximas, o ROE vai ficar próximo de 1:1.1,  Rtx / Rant = 1. Por exemplo: se a antena está com 70 ohms e o transmissor com 50 ohms o ROE será 1:1.4 (70/50).

 






Esta placa tem 75 x 66 mm



 Arquivos para montagem

sexta-feira, 13 de junho de 2025

Mixer de Áudio - Dois canais de Linha e 2 de Microfone

MIXER DE ÁUDIO DE 2 CANAIS DE LINHA E 2 MICROFONE



Mixer de áudio de 2 canais de microfone e dois de linha com equalizador


A montagem ficou meio esquisita porque primeiro fiz o mixer, aí resolvi colocar um equalizador para melhorar o som e depois montei um bargraph stereo. Então ficou cada ccto numa placa diferente.
Mas o resultado foi ótimo, funcionou muito bem.


Mixer





Equalizador de tons





Bargraph stereo




                                                                                                                 É isso!


domingo, 3 de novembro de 2024

Preamplificador de áudio de 3 tons (grave, medios e agudos)

Excelente Pré Amplificador de audio com controle de graves, medios e agudos. Pode ser alimentado com +/- 12V trocando os reguladores para 7812 e 7912 e entrada de 15V. Pode ser usado os CIs: LM4558, MC1458, TL072.








 






























sexta-feira, 26 de julho de 2024

Fonte com saída positiva e negativa para refência de até 10ma



Esta fonte gera uma tensão positiva e negativa apartir de um transformador com saída de 2 fios. Esta fonte negativa deve ser usada como referência de até uns 10ma para, ou por exemplo, tensão negativa de um opamp. Observe a polaridade dos capacitores C1, C2 e C3. A tensão negativa pode ser ajustada para uma tensão maior com a troca do zener. A saída de 16,9V será enviada para um regulador com a tensão desejada.
 

domingo, 16 de junho de 2024

Radio Ondas Curtas

 Radio de Ondas Curtas na faixa de 9,4 a 17,0 Mhz (31 a 19 mts)








Antigamente as comunicações a longas distâncias eram feitas por rádios nas faixas de HF, ou seja, nas frequências entre 3 a 30 Mhz. Estas ondas refletem na ionosfera ionizada e voltam a terra dando saltos de mais de 1000 km. A ionização é causada pelo efeito das radiações do sol sobre a atmosfera da terra. Na recepção por saltos acontece muito o fenômeno de "fading" ou desvanecimento, que causa aquelas variações no sinal recebido. Mas era o que tinha de melhor na época.




Neste projeto foi usado o circuito integrado CD 2003 porque ele não precisa de bobinas no circuito de FI, usando somente um filtro cerâmico de 455 khz. As únicas bobinas necessárias são as do oscilador local e de sintonia de RF. Elas foram enroladas nas formas de transformadores de FI de FM. Como amplificador de audio foi usado o LM386. 




Esquema:

A bobina de antena tem 3 enrolamentos, L1, L2 e L3.  L2 recebe o sinal da antena e acopla com o ccto sintonizado em L3 que transfere o sinal para a entrada do CI via L1. Estas bobinas são necessárias para fazer o casamento de impedância entre a antena, a entrada do amplificador e o ccto sintonia. Sem elas a sintonia ficaria sem seletividade e muito atenuada. A bobina do oscilador é simples, composta de um único enrolamento. Os capacitores C2 e C17 em série com o capacitor variável, ajustam o range da frequência de sintonia definida para a recepção. Em paralelo com esta bobina foi colocado um diodo zener de 33V, usado como varicap, para fazer uma sintonia fina. Este ccto é composto pelo diodo D3, R7, RV1, C14 e C15. X1 é o filtro cerâmico de 455 khz. O sinal no pino 11 é a saída do detector de AM e depois de filtrado por C5, R1 e C16, vai para o amplificador de áudio. R4 ajusta o nível máximo de entrada do amplificador.

A alimentação será de 9 a 12V, com proteção contra inversão de polaridade  feita por D2.  Usei um regulador 7806 de 1A por ter aqui no laboratório, mas pode ser utilizado um 78L06 sem problemas.  O zener D1 de 4,7V regula a tensão de alimentação do CD2003.

No amplificador de áudio o capacitor eletrolítico C9 ajusta o ganho para 200 e R5 e C8 formam a rede Zobel para amortecer as oscilações do alto falante.

Bobinas:





L1 e L2 - 6 espiras
L3 - 36 espiras
L4 - 32 espiras
Usar fio 32 AWG em todas bobinas e enrolar na fôrma da bobina de 10.7 Mhz de radios FM, conforme desenho acima

Ajustes:

Depois de conferir toda a montagem e sem o circuito integrado CD 2003, ligar a fonte de 9 ou 12V e conferir as tensões na placa. Verificar. a tensão na saída do regulador que deve ser de 6V, verificar a tensão no pino 6 do U2  se está com 4,7V. Tudo ok, instale o CD2003. 
Ao ligar deve aparecer um chiado no alto falante o que indica que tá tudo bem.  Tente sintonizar uma estação na sua região variando CV. Depois ajuste o ferrite de L3 para um maior volume. Você pode tentar localizar as estações variando, também, o ferrite de L4 (oscilador local). 

Se contar com um frequencímetro as coisas ficam bem mais fácil. Faça uma sonda de RF enrolando 2 espiras de fio 22, aproxime esta sonda de L4 (o mais distante possível para não interferir no oscilador) e messa a  frequência do oscilador local. Ajuste o ferrite para que esta frequência seja a da recepção desejada mais a frequência de FI (455khz).  

Por exemplo:
Coloque o capacitor variável no máximo (todo para a esquerda); 
frequência de recepção desejada = 9.400 khz (início da faixa de 31metros)
frequência do oscilador local deve ser ajustada para 9.855 khz
Agora  procure uma radio qualquer e ajuste o ferrite da bobina de antena L3 para o maior nível de áudio; 
Ajuste o variável no mínimo (todo para a direita) até sintonizar alguma radio e ajuste o trimer da bobina L3 para o máximo de sinal de audio no alto falante.

A sensibilidade é bastante boa, recebo BBC, Voz da America, Radio nacional da Espanha etc, etc





                                 Método térmico, imprimir sem espelhar
                                 Placa com tamanho de 100 x 50 mm





Qualquer dúvida me contate. 

É isso!


 







segunda-feira, 13 de maio de 2024

Amplificador Classe D de 50W

 




Nesta postagem quero mostrar uma montagem que fiz de um amplificador classe D de 50W. Ele usa o chip TL494 como modulador PWM e dois Mosfet 50N60, além de três transistores BD. A montagem fica muito barata e o resultado é muito bom. Pode ser alimentado por uma fonte de 30 a 60V com 3 amperes. Ele deve ter uma outra fonte, de baixa corrente, entre 8 a 12V  para polarizar os MosFet.

O oscilador do TL494 funciona em 120 Khz e o filtro de saída tem a frequência de corte em 19Khz. A bobina L1 do filtro passa baixo deve ser construída com um toroide retirado de uma fonte de computador. Enrolar umas 20 voltas bem distribuídas no toroide e medir a indutância. Caso necessário aumentar ou diminuir o número de espiras até conseguir os 106uH. Os dois capacitores (C11 e C12) de 470nF devem ter uma tensão de isolamente no mínimo de 250V. Usar de preferência, aqueles, tipo X2  usados nos filtros EMI de fontes chaveadas que tem baixas perdas. 

Eu fiquei surpreso com a potência e a qualidade de áudio que obtive. Para um circuito tão simples, foi realmente uma surpresa boa. 

Os MosFet canal N pode ser o IRF540, IRF460m IRF250, IRF4227. 

Na fonte usei um transformador que tinha dois secundários. Um de 30 VCA e outro de 12VCA. Para a fonte de potência usei dois capacitores de 1000uF e uma ponte retificadora de 8A que tinha aqui. Para a fonte de polarização dos MosFet, usei 4 diodos 1N4007 e o regulador 7808.






                                         
                                           Dimensão: 145 x 42 mm





                                          É isto!


segunda-feira, 28 de agosto de 2023

Wattímetro de RF para 10W

Este wattímetro de RF mede potência direta máxima de 10W e potência refletida de 1W, selecionada pela chave direta/ refletida no painel. Com a chave em "Direta", será medido a potencia TX na escala de cima, que deve ser inserida do lado esquerdo do aparelho. Colocando a chave em "Refletida", será medido a potencia refletida na escala de baixo. Se você quiser medir uma potencia menor, pode fazer a medida na segunda escala, simplesmente invertendo a entrada de RF no aparelho. Se entrar com o TX no lado direito e a carga ou antena no lado esquerdo, será medido a potencia direta com a chave em refletida.



Descrição:

O sensor de RF é feito usando a técnica stripline numa placa de circuito impresso conforme o desenho abaixo. Este arranjo funciona como um acoplador direcional. Do lado que a RF entra, ele gera uma tensão  maior. Como a potencia direta entra de um lado e a potencia refletida entra pelo outro lado, é possível detectar estas tensões e medi-las. O diodo D1 recebe a tensão desenvolvida pela potencia refletida e D2, da potencia direta. Depois destas tensões serem retificadas, elas são filtradas pelos capacitores C1 e C2 para eliminar a RF presente, e depois são ligadas ao trimpot para ajustar o nível. Estas duas tensões retificadas (DC), serão selecionadas pela chave direta/refletida e inseridas no medidor.





Trilha central: 50 x 8mm

Trilhas laterais: 40 x 2,5mm

Distância entre trilhas: 1mm


 

As ligações dos conectores devem ser feitas com fios largos, eu usei umas chapas de cobre finas que tinha aqui, mas pode ser usado a malha de cabos coaxiais. Repare que elas são ligadas no terra do stripline em cima e em baixo e nos dois conectores. Os pinos centrais dos conectores devem ser ligados a trilha central do stripline.



Para o medidor eu usei um galvanometro de um multimetro analógico barato que tem na praça. A escala foi feita com o software MeterBasic  www.tonnesoftware.com.

Ajustes

Para ajustar o aparelho, deve ser usado um wattímetro comercial, uma carga não irradiante de 50 ohms e uma fonte de potencia de RF de 1W. 

Ligar a fonte de RF de 1W na entrada do lado esquerdo deste wattímetro, colocar a chave na posição "direta" e ajustar em P1 para uma leitura de 1W na escala superior (potencia direta).  Para ajustar a potencia refletida, ligar a fonte de RF no lado direito do wattímetro. Colocar a chave na posição "refletida" e ajustar P2 para uma leitura de 1W na escala inferior. Lembre que a potencia está entrando do lado da refletida, por isso a chave deve ser colocada na posição refletida. 

Obs:

Lembre de ligar a carga de 50 ohms

Placa PCB do Stripline: 62 x 74mm

cgs.