Este carregador foi desenvolvido para baterias de chumbo-ácido de 12V que utilizo no meu detector de metais. Um carregador do notebook será usado para fornecer a tensão de entrada do circuito.
O LM317 tem a função de fornecer uma corrente constante de 150mA para a carga da bateria. Esta limitação é conseguida monitorando a corrente de carga pelo resistor R3 e pelo transitor Q1 que controla a tensão na saída de U1. Esta corrente corresponde a 0,1C da bateria.
O circuito integrado U3 fornece uma tensão de 12V regulada para U2, necessária para manter estável os circuitos comparadores internos do 555.
Funcionamento:
Ao ser ligado, o circuito gera um pulso no pino 2, (trigger) de U2, que coloca sua saída em nível alto acendendo o led vermelho de "carga". O pino 7 passa para alta impedância e libera a saída do LM317 em 14,2V, ajustada pelo trimpot RV1, iniciando a carga da bateria. Dependendo da tensão da bateria, a corrente de carga será limitada em 150mA por Q1. A tensão da bateria irá subir até atingir 2/3 da tensão de alimentação de U2, monitorada pelo pino 6 (threshold). U2 comuta sua saída para nível baixo e acende o led verde "carga completa" e coloca o pino 7 (dc) em nível baixo forçando o LM317 a cair sua tensão para menos de 1V e interrompendo a carga da bateria. Esta condição permanecerá até que o circuito seja desligado. O diodo D1 evita que a bateria se descarregue através do LM317.
U1 deverá ser montado em um pequeno dissipador e o tempo de carga completa será de 10hs (0,1C da bateria).
Posto aqui um esquema de uma fonte de bancada regulada de 3 a 15V. Ela usa limitação de corrente foldback em 2A em consumo normal e a corrente cai para 680mA com a saída em curto.
Fonte de bancada deve ser protegida porque, vira e mexe, a gente fecha um curto sem querer e aí pode ser uma dor de cabeça a mais para repara-la. Eu prefiro usar o CI LM723 porque ele é mais flexível possibilitando vários tipos de proteção e, no caso de um curto na saída, ele não é afetado.
O transformador de entrada deve ser de 110/220 volts e secundário de 16 volts por 3A. Na ponte retificadora usei uma GBU08 que deverá ser presa a um dissipador de calor. Se usar uma ponte de diodos de 3A não será necessário o dissipador.
Usei 3 capacitores 2.200uF x 35V para o filtro e o transistor de potencia um transistor 2N3055 com dissipador de calor. A tensão de referência do LM723 de 7,15v é dividida por R1 e R2 e filtrada por C1 para melhorar o ripple, dando uma referência de 2,5V.
R7, R8 e R6 são usados no circuito de foldback. D1 e D5 protegem o transistor Q1 e a saída da fonte no caso de alimentar uma carga indutiva. C9 na saída filtra os transientes quando a fonte for usada para alimentar um circuito digital.
R3, RV1 e R4 fazem o divisor de tensão que determina a tensão de saída da fonte. Os capacitores C6 e C10 filtram os sinais de alta freqüência. O capacitor C2 limita o ganho do comparador interno do LM723 para frequências altas.
O circuito integrado LM358 compara a queda de tensão de saída com uma referência e acende o led D3 quando ocorrer a limitação de corrente ou um curto na saída.
O circuito de squelch é um artifício para tornar agradável a escuta de radio comunicação simplex. Quando o receptor recebe um sinal de alguma estação o ruído é bem atenuado e ao contrário, um chiado incômodo é ouvido no alto falante. O squelch entra aí. Ele silencia a saída de áudio quando não é recebido sinal e libera quando recebe.
Nos radios Super Heterodino o squelch funciona monitorando o nível da portadora. Este nível é comparado com uma referência ajustada por um potenciômetro e libera o áudio na saída sempre que esta referência é ultrapassada.
Nos Super Regenerativo a coisa é diferente porque o detector é um oscilador controlado por uma frequência de regeneração que ativa e desativa o oscilador numa frequência acima de 60KHz. O batimento da mistura de várias frequências harmônicas, gera ruídos intensos com características de chiado. Radios Super Regenerativos são fáceis de montar, apresentam boa sensibilidade e de fácil ajuste. O maior problema é o chiado intenso que eles apresentam quando na ausência do sinal de uma estação.
Eu encontrei este esquema de squelch numa publicação russa e resolvi experimentá-lo. Ele recebe o sinal de saída do detector super regenerativo e adapta a impedância através de Q4 e envia para o filtro ativo passa faixa (MFB FPF) construído pelo CI TL081. Ele elimina parte da modulação do sinal e a frequência de regenenação. Este sinal é então retificado pelos diodos D4 e D5, filtrado e enviado para o transistor Q3, que faz a comparação com a referência dada pelo POT2. Na ausência de sinal recebido, o nível detectado satura Q3 e corta o diodo D6, que funciona como chave de audio. Quando é recebido um sinal, o nível de ruido cai e com isso cai também o nível detectado pelos diodos e corta Q3. O diodo D6 é polarizado e conduz o sinal vindo através do capacitor C19 para o amplificador de áudio.
Este circuito não funciona tão bem como o squelch do super heterodino, mas funciona o suficiente para tornar a audição bem agradável.
Este foi o melhor super regenerativo que já montei. Funciona muito, tem alta sensibilidade e estabilidade. Se você não tiver um capacitor variável, substitua o mesmo por um diodo varicap.
VV
Circuito para substituir o capacitor variável.
O diodo zener de 30V fará a sintonia da faixa de 112 a 136 MHz
Montei há algum tempo um Dip Meter que me ajudou bastante. Antes eu montava os circuitos e ficava no escuro, sem saber em qual frequência estava trabalhando o oscilador local, o amplificador de RF e etc. As montagens de rádios super regenerativo é fácil, só preocupar com o circuito oscilador e pronto. Mas nos rádios super heteródino a coisa complica. Você tem que saber em qual frequência o oscilador local está funcionando, e ajustar o circuito de antena para a frequência do oscilador local +/- a FI.
Um gerador de RF razoável custa uma grana boa e você perde o gostinho de montar o seu, afinal, o hobby é este, montar coisas. Nas montagens você aprende muito, tem que pesquisar os problemas que surgem e as vezes dá vontade de jogar tudo pra cima, mas com paciência a gente acaba resolvendo os problemas e fica numa felicidade danada.
Eu gosto de trabalhar nas faixas de VHF, as antenas são pequenas ocupando pouco espaço. Pena que hoje quase não tem mais comunicações de radioamadores, a internet fez um estrago danado neste hobby.
Meu gerador funciona de 80,0 a 200 MHz, com modulação AM em 1.000 Hz. Tem ajuste do nível de RF, modulador de AM e saída para o frequencímetro. O oscilador de RF é do tipo Colpitts que funciona muito bem nesta faixa de frequencia e tem boa estabilidade.
Ficou razoavelmente bom para o que foi idealizado.
O grande Obstáculo de muitos iniciantes em eletrônica é a confecção de placas de circuito impresso, muitos usuários reclamam da dificuldade de fazer suas placas, seja devido ao preço, a aquisição de material para a confecção em sua cidade ou mesmo pela falta de conhecimento e técnica do processo. Nem sempre uma placa bem feitinha funciona bem, as vezes, uma bem bagunçada funciona melhor. Isso porque as ligações entre componentes devem ser curtas e diretas para evitar capacidades parasitas e induções indesejadas.
Montagem Aranha
Montagem aranha, acredito que essa seja a técnica de montagem mais rudimentar e perigosa, na montagem em aranha, os componentes são soldados diretamente uns aos outros ou ligados através de fios. Com isso é formado uma verdadeira teia de aranha, onde o circuito não tem uma base de suporte e é praticamente em 3D. Recomendado apenas para quem não tem nenhuma outra opção de montagem.
Montagem Besouro Morto “dead bug”
A montagem dead bug difere da montagem em aranha, já que o circuito tem uma base e os componentes são colados diretamente nesta base, que é de material isolante. Ao se colar o componente na placa, como por exemplo um circuito integrado, ele é virado e os pinos ficarão para cima, dai vem o nome besouro morto (dead bug), o CI fica com a aparência de um besouro com as patas para cima (morto).
Neste tipo de montagem, os componentes podem ser colados em uma superfície plana, em uma caixa de papelão ou metal,ou onde mais você deseje fixá-lo. A junção dos componentes é feita por fios ou por outros componentes, o problema deste método é a dificuldade de substituição dos componentes em caso de defeito.
Montagem em Ilhas coladas “Manhattan”
A montagem em Ilhas coladas, também chamada de método Manhattan é uma técnica simples, que também utiliza a placa de circuito impresso virgem, e nela se cola do lado cobreado diversas ilhazinhas (botõezinhos), que podem ser quadrados ou redondos, feitas de pedacinhos de circuito impresso, que são colados do lado cobreado para cima, se tornando pontos para se soldar os terminais dos componentes.
Neste método a placa de circuito virgem que serve de base é geralmente o terra do circuito. Para fazer as ilhas o usuário vai precisar fazer uma ferramenta especial como um tubo redondo e furadeira, ou apenas uma lamina para fazer as ilhas quadradas como na imagem acima. É muito usada a máquina para aplicar ilhós, essas encontradas em lojas de armarinhos, para fazer ilhas redondas de até 4 mm de diâmetro. Minha preferida.
Montagem com Placa Riscada
Essa técnica é bem simples, muito difundida pelo grande PY2OHH Miguel, em seu site de QRP. Neste método, que na minha opinião é o mais simples, o usuário faz riscos na placa de circuito impresso, isso com base no circuito que ele pretende construir.
As ilhas tem que ser dimensionadas em função do esquema do circuito, a placa tem que ser divididas em blocos, separados por funções, sabendo as dimensões de cada componente. Cada junção de componentes da origem a uma ilha. Essa montagem é a mais fácil e qualquer um poder fazer.
Montagem em Placas Padrão ou Universal
Existem várias placas padrão nas lojas de componentes eletrônicos, elas geralmente já vem perfuradas e a mais comum tem diversas trilhas de cobre em forma de linhas. Por ser padrão todas são iguais e de acordo com o seu circuito você deve interromper a linha de trilha, que pode ser feita facilmente com um estilete.
Tem também a placa apenas com ilhas (abaixo), em que você deve fazer a trilha com fio e solda e tem a placa padrão para circuitos integrados. Na montagem em placas padrão os componentes são soldados, com isso torna o circuito mais seguro e permanente, quase da mesma forma que na placa de circuito impresso.
Conclusão
É claro que existem mais uma grande quantidade de tipos diferentes de montagem de circuitos eletrônicos, apenas apresentei aqui as mais usadas e as mais simples. Quero divulgar para incentivar os iniciantes, já que com um custo baixo, e nenhuma ferramenta especial é possível fazer um circuito eletrônico de média ou baixa complexidade em casa. Infelizmente o Protoboard não serve para montagens de circuitos para radio frequência.