quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Edwin Howard Armstrong, O inventor do Radio Super Heterodino



 
















Cg.

















Squelch for super regenerative radio

Squelch para radios super regenerativos

O circuito de squelch é um artifício para tornar agradável a escuta de radio comunicação simplex. Quando o receptor recebe um sinal de alguma estação o ruído é bem atenuado e ao contrário, um chiado incômodo é ouvido no alto falante. O squelch entra aí. Ele silencia a saída de áudio quando não é recebido sinal e libera quando recebe.

Nos radios Super Heterodino o squelch funciona monitorando o nível da portadora. Este nível é comparado com uma referência ajustada por um  potenciômetro e libera o áudio na saída sempre que esta referência é ultrapassada.

 



Nos Super Regenerativo a coisa é diferente porque o detector é um oscilador controlado por uma frequência de regeneração que ativa e desativa o oscilador numa frequência acima de 60KHz. O batimento da mistura de várias frequências harmônicas, gera ruídos intensos com características de chiado. Radios Super Regenerativos são fáceis de montar, apresentam boa sensibilidade e de fácil ajuste. O maior problema é o chiado intenso que eles apresentam quando na ausência do sinal de uma estação. 

Eu encontrei este esquema de squelch numa publicação russa e resolvi experimentá-lo. Ele recebe o sinal de saída do detector super regenerativo e adapta a impedância através  de Q4 e envia para o filtro ativo passa faixa (MFB FPF) construído pelo CI TL081. Ele elimina parte da modulação do sinal e a frequência de regenenação. Este sinal é então retificado pelos diodos D4 e D5, filtrado e enviado para o transistor Q3, que faz a comparação com a referência dada pelo POT2. Na ausência de sinal recebido, o nível detectado satura Q3 e corta o diodo D6, que funciona como chave de audio. Quando é recebido um sinal, o nível de ruido cai e com isso cai também o nível detectado pelos diodos e corta Q3. O diodo D6 é polarizado e conduz o sinal vindo através do capacitor C19 para o amplificador de áudio.

Este circuito não funciona tão bem como o squelch do super heterodino, mas funciona o suficiente para tornar a audição bem agradável.

Cg.

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Super Regenerative Radio for the Aviation band

 Este foi o melhor super regenerativo que já montei. Funciona muito, tem alta sensibilidade e estabilidade. Se você não tiver um capacitor variável, substitua o mesmo por um diodo varicap.



VV

Circuito para substituir o capacitor variável. 
O diodo zener de 30V fará a sintonia da faixa de 112 a 136 MHz



sábado, 10 de outubro de 2020

Homemade RF Generator

Montei há algum tempo um Dip Meter que me ajudou bastante. Antes eu montava os circuitos e ficava no escuro, sem saber em qual frequência estava trabalhando o oscilador local, o amplificador de RF e etc. As montagens de rádios super regenerativo é fácil, só preocupar com o circuito oscilador e pronto. Mas nos rádios super heteródino a coisa complica. Você tem que saber em qual frequência o oscilador local está funcionando, e ajustar o circuito de antena para a frequência do oscilador local +/- a FI.

Um gerador de RF razoável custa uma grana boa e você perde o gostinho de montar o seu, afinal, o hobby é este, montar coisas. Nas montagens você aprende muito, tem que pesquisar os problemas que surgem e as vezes dá vontade de jogar tudo pra cima, mas com paciência a gente acaba resolvendo os problemas e fica numa felicidade danada. 

Eu gosto de trabalhar nas faixas de VHF, as antenas são pequenas ocupando pouco espaço. Pena que hoje quase não tem mais comunicações de radioamadores, a internet fez um estrago danado neste hobby.

Meu gerador funciona de 80,0 a 200 MHz, com modulação AM em 1.000 Hz. Tem ajuste do nível de RF, modulador de AM e saída para o frequencímetro. O oscilador de RF é do tipo Colpitts que funciona muito bem nesta faixa de frequencia e tem boa estabilidade.

Ficou razoavelmente bom para o que foi idealizado.


                            




                                                       Layout da placa do oscilador Colpitts













Modulador de áudio


Regulador de tensão


Cg.



Algumas técnicas de montagens eletrônicas para RF

 

O grande Obstáculo de muitos iniciantes em eletrônica é a confecção de placas de circuito impresso, muitos usuários reclamam da dificuldade de fazer suas placas, seja devido ao preço, a aquisição de material para a confecção em sua cidade ou  mesmo pela falta de conhecimento e técnica do processo. Nem sempre uma placa bem feitinha funciona bem, as vezes, uma bem bagunçada funciona melhor. Isso porque as ligações entre componentes devem ser curtas e diretas para evitar capacidades parasitas e induções indesejadas.

Montagem Aranha

Montagem Aranha
Montagem Aranha Foto: inklesspress.com

Montagem aranha, acredito que essa seja a técnica de montagem mais rudimentar e perigosa, na montagem em aranha, os componentes são soldados diretamente uns aos outros ou ligados através de fios. Com isso é formado uma verdadeira teia de aranha, onde o circuito não tem uma base de suporte e é praticamente em 3D. Recomendado apenas para quem não tem nenhuma outra opção de montagem.

Montagem Besouro Morto “dead bug”

A montagem dead bug  difere da montagem em aranha, já que o circuito tem uma base e os componentes são colados diretamente nesta base, que é de material isolante. Ao se colar o componente na placa, como por exemplo um circuito integrado, ele é virado e os pinos ficarão para cima, dai vem o nome besouro morto (dead bug), o CI fica com a aparência de um besouro com as patas para cima (morto).

Montagem dead bug
Montagem dead bug Foto: flickr.com

Neste tipo de montagem, os componentes podem ser colados em uma superfície plana, em uma caixa de papelão ou metal,ou onde mais você deseje fixá-lo.  A junção dos componentes é feita por fios ou por outros componentes,  o problema deste método é a dificuldade de substituição dos componentes em caso de defeito.

Montagem em Ilhas coladas “Manhattan”

A montagem em Ilhas coladas, também chamada de método Manhattan é uma técnica simples, que também utiliza a placa de circuito impresso virgem, e nela se cola do lado cobreado diversas ilhazinhas (botõezinhos), que podem ser quadrados ou redondos, feitas de pedacinhos de circuito impresso, que são colados do lado cobreado para cima, se tornando pontos para se soldar os terminais dos componentes.

Montagem em lhas coladas - Manhattan
Montagem em lhas coladas – Manhattan Foto: g7mrv.blogspot.com

Neste método a placa de circuito virgem que serve de base é geralmente o terra do circuito. Para fazer as ilhas o usuário vai precisar fazer uma ferramenta especial como um tubo redondo e furadeira, ou apenas uma lamina para fazer as ilhas quadradas como na imagem acima. É muito usada a máquina para aplicar ilhós, essas encontradas em lojas de armarinhos, para fazer ilhas redondas de até 4 mm de diâmetro. Minha preferida.

Montagem com Placa Riscada

Essa técnica é bem simples, muito difundida pelo grande PY2OHH Miguel, em seu site de QRP. Neste método, que na minha opinião é o mais simples, o usuário faz riscos na placa de circuito impresso, isso com base no circuito que ele pretende construir.

Montagem com Placa Riscada
Montagem com Placa Riscada de PY2OHH

As ilhas tem que ser dimensionadas em função do esquema do circuito, a placa tem que ser divididas em blocos, separados por funções, sabendo as dimensões de cada componente. Cada junção de componentes da origem a uma ilha. Essa montagem é a mais fácil e qualquer um poder fazer.

Montagem em Placas Padrão ou Universal

Existem várias placas padrão nas lojas de componentes eletrônicos, elas geralmente já vem perfuradas e a mais comum tem diversas trilhas de cobre em forma de linhas.  Por ser padrão todas são iguais e de acordo com o seu circuito você deve interromper a linha de trilha, que pode ser feita facilmente com um estilete.

Placa padrão com trilhas
Placa padrão com trilhas

Tem também a placa apenas com ilhas (abaixo), em que você deve fazer a trilha com fio e solda e tem a placa padrão para circuitos integrados. Na montagem em placas padrão os componentes são soldados, com isso torna o circuito mais seguro e permanente, quase da mesma forma que na placa de circuito impresso.

Placa padrão com ilhas
Placa padrão com ilhas Foto:

Conclusão

É claro que existem mais uma grande quantidade de tipos diferentes de montagem de circuitos eletrônicos, apenas apresentei aqui as mais usadas e as mais simples. Quero divulgar para incentivar os iniciantes, já que com um custo baixo, e nenhuma ferramenta especial é possível fazer um circuito eletrônico de média ou baixa complexidade em casa. Infelizmente o Protoboard não serve para montagens de circuitos para radio frequência.

sábado, 19 de setembro de 2020

Capacete Russo

 Na época da guerra, antes do aperfeiçoamento dos radares, era comum que operadores de escuta usassem dispositivos tão estranhos quanto escrotos.




De 1942 é este estranho traje, talvez um dos percursores do traje espacial moderno:
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Cg.

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

LED diode

Diodo LED 

O led é um díodo semicondutor (PN) que, quando polarizado corretamente, emite luz de espetro reduzido. A luz emitida pode ser visível ou não visível (Infravermelhos, ultravioletas).

O termo LED é, na sua origem, uma abreviatura de "Light Emitting Diode" Díodo Emissor de Luz. Apareceu no mercado em 1962 inicialmente na cor vermelha, atualmente existe uma enorme variedade de cores e diferentes aplicações. Uma vantagem é o consumo reduzido de energia, resistência física elevada, reduzida dimensão e uma vida muito longa se as condições de funcionamento forem respeitadas.

Identificação e Ligações do LED   

ligações eletricas led

Um LED deve ser ligado de forma correta, o circuito de ligação deve ter o + para o ânodo e - para o cátodo. O cátodo é a ponta mais curta e deve ter um corte no lado da cápsula do LED. 

A cor da luz emitida pelo LED é determinada pelo material semicondutor e não pela cor da cápsula plástica que o rodeia. LEDs coloridos estão disponíveis com cápsulas brancas, difusas ou transparentes. Em função do material semicondutor utilizado o LED produz uma ou outra cor e tem a sua barreira de potencial diferente para cada cor.

Bicolores

Um díodo emissor luz bicolor tem dois LEDs ligados em anti-paralelo em uma única cápsula. LED de dupla cor pode produzir qualquer uma das duas cores, por exemplo, cor vermelha é emitida quando o dispositivo está ligado em um sentido e verde quando em sentido inverso.

led duplo bi-cor 

 

Tricolores

São compostos por dois leds ligados com cátodo comum. O mais comum é composto por um LED vermelho e um verde combinados em uma cápsula com os terminais ligados em cátodo comum. Denominam-se tricolores, porque podem dar uma única cor, ligando apenas o vermelho ou apenas o verde. Ligando ambos projeta uma mistura de cor.

Estes dispositivos tricolores ou multicor podem gerar tons adicionais a partir das suas cores primárias (a terceira cor), como o laranja ou amarelo, ligando os dois LEDs com diferentes valores de corrente, como mostrado na tabela, possibilita 4 cores diferentes a partir de apenas dois díodos junções.

led triplo tricolor



Caracteristicas de alguns leds

TipoCorIF
max.
VF
typ.
VF
max.
VR
max.
Intensidade
Luminosa
Angulo
visualização
Comprimento
onda
StandardVermelho30mA1.7V2.1V5V5mcd @ 10mA60°660nm
Standardbrilhante
vermelho
30mA2.0V2.5V5V80mcd @ 10mA60°625nm
StandardAmarelo30mA2.1V2.5V5V32mcd @ 10mA60°590nm
StandardVerde25mA2.2V2.5V5V32mcd @ 10mA60°565nm
Alta intensidadeAzul30mA4.5V5.5V5V60mcd @ 20mA50°430nm
Super brilhoVermelho30mA1.85V2.5V5V500mcd @ 20mA60°660nm
Baixa correnteVermelho30mA1.7V2.0V5V5mcd @ 2mA60°625nm
  • IF max.: Corrente máxima com o led ligado corretamente.
  • VF typ.: Voltagem típica, VL - É aproximadamente 2V, excepto para os leds azuis que é 4V.
  • VF max.: Tensão máxima.
  • VR max.: Tensão máxima inversa - Este valor pode ser ignorado se o led estiver ligado corretamente.
  • Intensidade luminosa: Brilho do led com a corrente normal de funcionamento, mcd = millicandela.
  • Ângulo de projeção de luz: Standard LEDs têm um ângulo de 60°.
  • Comprimento de onda: O pico de comprimento de onda visual determina a cor da luz enviada pelo LED.
    nm = nanometre.

Ligação de Leds em paralelo

Ligar leds em paralelo com apenas uma resistência de carga, não é uma boa ideia.
Se os led's tiverem uma tensão(volts) de funcionamento diferente, apenas o led de menor tensão acenderá e possivelmente ficará destruído.
Se os leds forem idênticos, podem ligar-se em paralelo, mas raramente este tipo de ligação oferece benefícios, é preferível e aconselhável usar cada um dos leds com a sua resistência limitadora ou uma ligação em série com vários leds.


led em série
Ligação em Série
de um LED

Ligação de leds em série

Os leds podem-se ligar em série com um resistor e esta resistência tem como função limitar a corrente dos leds para que não fique com um valor que exceda a corrente máxima permitida.

A ligação entre os vários leds é efetuada ligando o cátodo de um led ao ânodo do LED seguinte.
Para calcular a resistência limitadora as tensões dos leds são somadas.

A utilização de LEDs com características diferentes não afeta o seu funcionamento.

Cálculo de resistor limitador de um led.

resistência de polarização led
Cálculo Resist. Série LED

O led e o resistor estão em série e a tensão total no circuito (Vf) é o somatório da tensão sobre o resistor mais a tensão do led. Para calcular o resistor precisamos saber o valor da tensão sobre a resistência. A tensão no resistor será a tensão da fonte menos a queda de tensão no led.

Exemplo cálculo de uma resistência de polarização de um led:


Para um led vermelho (FLV 110), a tensão é de 1,7 V, tensão da fonte de 9V e uma corrente de 15mA , então teremos:

Valor comercial mais próximo é 560 ohm

Potência dissipada no resistor:

Para ligar vários leds em série, basta somar todas as tensões dos leds e daí o cálculo fica igual quando se usa um led só.

Ligando um Led na rede comercial (110 ou 220V)

Existem dois circuitos básicos para fazer a ligação do led na rede. No circuito B o resistor tem que ter uma potência maior do que no circuito A. No circuito A, a corrente circula pelo resistor somente no semi-ciclo positivo, no semi-ciclo negativo a corrente é barrada pelo diodo. No circuito B a corrente circula no semi-ciclo positivo no resistor e no Led e no semi-ciclo negativo, circula no resistor e no diodo. Portanto a corrente circula nos dois semi-ciclo e com isso a potencia dissipada aumenta.

Observe que o diodo protege o Led da tensão reversa da rede. Um led pode queimar com uma tensão reversa de apenas 5 V. 

Cálculo do resistor no circuito A

Vrede = 120V

Iled = 0,01A

R é igual a tensão média dividida pela corrente no led

  


Cálculo da potência dissipada no resistor

A potência dissipada no resistor é igual a tensão média no resistor multiplicada pela corrente no led.

Quem quiser saber mais sobre o assunto, acesse:  https://www.electronica-pt.com/led

cg.